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Crônicas agudas de um cérebro em um jarro
criada e mantida por [B]aKkeR
Esta página está sendo mantida online por motivos históricos e não é mais atualizada. Meu novo weblog está em http://cronicasredux.blogspot.com
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To all my foreign (as in non-brazilian) visitors, my sincere apologies. This weblog is written strictly in brazilian portuguese (pt-br).
quarta-feira, outubro 29, 2003
saído diretamente do jarro
20:04 HPJ (horário padrão do jarro):
Vocês provavelmente se lembram de eu ter colocado uma foto que era atualizada de hora em hora do Sol aqui no meu blog. Eu cheguei a comentar "Se você der sorte, pode olhar no exato momento de uma explosão solar". Pois bem, aconteceu uma MUITO grande ontem. Depois de uma semana inteira de intensa atividade gasosa na superfície, o Sol lançou uma explosão de energia e gás gás superaquecido, chamada de ejeção de massa coronal. Na escala de intensidade de G1 até G5 de tempestades espaciais, a de ontem atingiu a marca máxima, que não era atingida desde 1989, quando a explosão danificou o sistema elétrico de Quebéc, no Canadá. Ontem, aviões que voam a norte do 57° paralelo foram proibidos de sair de suas rotas, pois seus sistemas de comunicação ficaram inoperantes durante a tempestade eletromagnética e os astronautas na Estação Espacial Internacional foram quarentenados em uma área blindada da estação até a tempestade se dissipar. O impacto foi pequeno, segundo análises. Nos últimos 15 anos, sistemas de satélite inteiros foram danificados por tempestades na faixa entre G4 e G5. Agora, para seu deleite pessoal, duas fotos em faixas de radiação diferentes da explosão:
segunda-feira, outubro 20, 2003
saído diretamente do jarro
21:32 HPJ (horário padrão do jarro):
Hoje é dia 20... faltam 9 dias para a inauguração oficial do novo Napster. Tudo bem que não tem nada a ver com o antigo, gratuito e anárquico Napster da primeira encarnação mas promete fazer uma revolução dígna do nome. Napster 2.0, um serviço da Roxio, criadora do Easy CD (& DVD) Creator e Toast dois dos maiores softwares de autoria de CDs respectivamente para PC e Mac, é um serviço de venda de músicas no formato WMA (Windows Media Audio, o formato padrão do Windows Media Player). Com um banco de mais de meio milhão de músicas, ele já vai ser inaugurado maior que o iTunes, da Apple (que na semana passada se tornou compatível com PCs), permitir ouvir 30 segundos de qualquer música do catálogo, assistir a clipes, recomendar novas músicas de acordo com os gostos musicais do usuário e fazer buscas por gênero e popularidade além de por álbum, autor e título. Gostando de alguma música, você paga U$ 0.99 para puxá-la para seu PC, podendo copiá-la para seu PDA ou outro player portátil compatível com o formato da Microsoft (inclusive meu novo mas ultrapassado HP Jornada 525) e até mesmo gravá-la diretamente para CD. Caso você goste de um CD inteiro, poderá puxá-lo por U$ 9.95 e ter todas as funcionalidades citadas acima (inclusive gravar as músicas misturadas com outras na hora de fazer aquele CD de coletânea para enfrentar o trânsito ou a estrada). Você só não pode mandar as músicas para outros PCs (o sistema de DRM do Windows permite que uma música seja vinculada a um PC, algo que pode ser facilmente driblado simplesmente re-codificando a música, mas não vou dar um tutorial sobre como burlar a lei aqui :oP). Se você se tornar um usuário hardcore do serviço e começar a puxar mais de dez músicas por mês pode optar por pagar US$ 9.95 mensais pelo serviço ilimitado (puxar um número ilimitado de músicas, enviá-las para outros PCs, navegar as coleções de outros usuários, ouvir rádios compiladas por DJs profissionais etc.), que ainda é meio salgado para um dólar de R$ 2.90 mas não chega a ser absurdo. Se eu não estivesse desempregado, pagaria, mas por enquanto vou ficar no Gnutella mesmo (não que eu já não tenha me inscrito no novo Napster... Ainda mais porque as primeiras 5 músicas são grátis !)
Napster 2.0 - Beta 2
quinta-feira, outubro 16, 2003
saído diretamente do jarro
04:45 HPJ (horário padrão do jarro):
Quem me conhece sabe que eu morro de vontade de juntar uma grana e adaptar meu Golzinho para rallye. Tenho uma paixão doida por provas de automobilismo e o rallye em especial pois não depende tão somente da velocidade da máquina, mas da capacidade do piloto (e equipe) de manter o carro em ordem, dentro da trilha e no tempo certo (nem sempre o mais rápido ganha). E eu tenho essa coisa por carro com visual de lameiro, sem gostar de camionete (que na verdade eu DETESTO), o que limita muito meu universo automobilístico. Tenho estudado o que poderia ser feito pra deixar o Gol com esse visual (além de, é claro, as mudanças mecânicas nescessárias, se visual ganhasse corrida tava tudo danado). A VW me deu uma bela ajuda com esse concept que eu vou mostrar aqui: O CrossFox, uma adaptação do futuro lançamento (e substituto do Gol) da VW brasileira para aguentar lama. Vou poupar vocês dos detalhes técnicos pois não é deles que estou falando, mas dêem uma olhada na beleza deste carro e me digam se vocês não se sentem inspirados:
terça-feira, outubro 14, 2003
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14:52 HPJ (horário padrão do jarro):
Quem me conhece e/ou frequenta esse blog a mais de um ano já deve ter ouvido falar dos conceitos de Personal Mobility, veículos para um ou dois passageiros, quase sempre elétricos, rodas de motocicleta etc. Eu vivo dizendo que o que o mundo precisa é de carros pequenos, para ir de casa para o trabalho e vice-versa, que não usem combustíveis fósseis etc. O maior problema do conceito de PM é que as grandes companhias de petróleo não querem que você pare de dirigir seu SUV de 2 toneladas que faz 5 quilômetros por litro de gasolina e despeja milhares de poluentes na atmosfera para ir sozinho pro trabalho senão eles vão ficar menos bilionários. Mas PM é o futuro e logo o futuro alcança a gente. Quem já viu o meu projetinho (carinhosamente conhecido por Ora-Pois né Fernanda !) vai achar este design estranhamente familiar: Um veículo para um passageiro (o meu tem 2) com rodas de motocicleta externas ao habitáculo impulsionado por um motor elétrico (o meu tem 2, tô parecendo o menino da piada do "o do meu pai é maior") traseiro. Freios regenerativos e um complexo sistema computacional que controla o consumo, navegação, direção (drive-by-wire) e permite que se comunique entre outros veículos como uma rede wireless (nessa possibilidade eu não tinha pensado... pensei em usar o poder extra de computação para tocar MP3 :o)). A diferença é que o meu é um projeto de um aluno de engenharia, e este é o Toyota Personal Mobility, um concept recém-apresentado no Salão de Tokyo. Dêem uma olhada no bixinho:
quarta-feira, outubro 08, 2003
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15:37 HPJ (horário padrão do jarro):
Arnold Schwarznegger foi eleito governador da California
Ontem, 4,2 milhões de californianos votaram (contra 3,5 milh.) pelo 'recall' (que aqui a gente chama de impeachment porque tudo em português tem que ser mais complicado mesmo que venha do inglês) do (ex-)governador Gray Davis. Em uma outra votação (foram 4 neste plebiscito, duas propostas muito boas que foram rejeitadas, o 'recall' e a escolha do substituto) foi eleito com 3,6 milhões de votos (48% do total) o ator Arnold Schwarznegger (o segundo colocado, o vice-governador Cruz Bustamante, ficou com 32% dos votos). Já se fala, nos altos escalões de Washington e na boca do eleitorado também em fazer uma emenda constitucional para permitir que cidadãos naturalizados possam se eleger Presidentes da República (o Arnoldinho é austríaco). Vai entender americano... Escrito pelo Unknown
terça-feira, outubro 07, 2003
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22:59 HPJ (horário padrão do jarro):
A Sony anunciou o lançamento, em 2004, do novo filho da família PlayStation, o PSX (vai dar muita confusão com o antigo apelido do atual PSone). Além de rodar jogos de PlayStation e PlayStation2 (não, não é o PlayStation3 que muita gente anda dizendo que é) o PSX ainda é uma central de entretenimento caseiro. Como assim ? Bom, o PSX, como todo console de PlayStation2, tem a capacidade de ler CDs e DVDs. Além disso, ele também tem um HD (de 120 ou de 260 GB) para gravar filmes ou programação de TV (que ele também pode "pausar" como TiVo e ReplayTV), tem sintonizador próprio de TV (incluindo BS Hi Digital, ou HD-TV), portas USB 2.0, Ethernet, MemoryStick e Memory Card (MagicGate). O drive de DVD é na verdade um gravador de DVD+RW, DVD-RW e DVD-R (provavelmente também de CD-R e -RW). Vem acompanhado de controle remoto sem fio e do bom e velho controle DualShock 2, em branco-gelo para combinar. Agora, imagina o tamanho da raiva dos concorrentes nas áreas de PC, Video-Game, DVD, gravador de DVD, sintonizador de HD-TV, TV com replay etc...
Pra quem tá curioso, aqui vai a cara do bichinho:
segunda-feira, outubro 06, 2003
saído diretamente do jarro
23:11 HPJ (horário padrão do jarro):
Mais um post da minha série "Salvem o P2P - Destruam a RIAA"
O Congresso Americano abriu uma comissão para deliberar sobre os casos de P2P, em especial os 261 processos da RIAA contra pessoas físicas usuárias do KaZaA (que se forem levados a cabo poderão se tornar precedentes para milhares de processos contra usuários de todo tipo de P2P dentro do território americano). Parte da preocupação do Congresso decorre do abuso que a RIAA fez do DMCA, violando de maneira aparentemente inconstitucional a privacidade de potenciais infratores. (vide post anterior). O objetivo final da comissão seria reformular a legislação de proteção de copyright digital. Membros da indústria fonográfica, desenvolvedores de software para P2P, usuários processados e os rappers LL Cool J e Chuck D ("soldado líder" da banda Public Enemy) foram chamados para depor (porque 2 rappers e nenhum autor de outro estilo musical é uma questão que me frustra, mas um dia vou entender).
O senhor Ladies Love Cool James deu em seu depoimento um belo "cover" de Metallica, dizendo o quanto os sistemas P2P lesam os artistas, como ele se sente roubado quando puxam as músicas deles de graça da Internet etc. em um certo momento, ele fez a infeliz analogia: "Se um empreiteiro constrói um prédio, as pessoas deveriam ter o direito de morar lá de graça porque ele é bem sucedido ?" (Pela criatividade e pelo cabimento da analogia logo se percebe porque as músicas dele tem "tamanha" qualidade). Do alto de sua modéstia, acrescentou: "Artistas são uma parte enorme e importante da cultura americana. Nós somos os sonhadores".
Chuck D, cuja banda é altamente politizada e canta contra o racismo, as diferenças sociais e o abandono das classes baixas pelas autoridades, foi o primeiro artista a lançar um album inteiro on-line, "There's a poison going on", atitude que levou várias redes de vendas de CD a baní-lo de suas lojas, tem duas rádios on-line (rapstation.com e bringthenoise.com, melhor rádio on-line de 2000 pela revista Yahoo! Internet Life) e é o autor de "Fight the Power", best-seller de 1997 considerado o novo manifesto da luta de classes. Este foi o seu segundo depoimento perante o Congresso, que já o consultou sobre o futuro das pequenas empresas on-line (por causa de suas rádios). O tom de seu depoimento posse der dado por alguns trechos: "A tecnologia dá e a tecnologia tira, e a indústria sabe disso. Os fabricantes de ferraduras provavelmente ficaram bastante chateados porque os fabricantes de trem tiraram seu monopólio dos transportes, assim como provavelmente a indústria de trens ficou emputecida com a indústria aérea." Ele acrescentou: "Como um artista representante de 80 anos de música negra, eu nunca percebi minha propriedade intelectual ser protegida por lei nenhuma. Eu passei boa parte de minha carreira me desviando de advogados e contadores e executivos que me atacaram muito mais do que usuários de P2P. Eu confio nos consumidores mais do que nas pessoas que trabalham para as gravadoras." Mais adiante, Chuck disse: "A indústria fonográfica é hipócrita e o domínio tem de ser compartilhado. P2P para mim quer dizer 'Power to the People' (poder para o povo) e nós precisamos chegar a um equilíbrio." Claramente, pelo menos parte dos artistas que a RIAA teoricamente representa se sentem mais lesados por ela do que pela "terrível ameaça" do P2P.
O senador Norm Coleman (R-Minn.), que abriu a comissão, disse que os documentos entregues a ele pela RIAA levam a entender que a associação foi justa ao atacar apenas pessoas que haviam compartilhado por volta de 1000 arquivos. Mas acrescentou: "Entretanto, não há nada na lei atualmente que force-os a processar apenas infratores 'pesados'. E a lei atual não restringe de maneira nenhuma o alcance do poder da RIAA de violar informação confidencial de infratores." Espero (esperemos todos) que desta experiência surjam leis eficientes na defesa das liberdades individuais, ao invés da defesa dos interesses da indústria.
quarta-feira, outubro 01, 2003
saído diretamente do jarro
00:00 HPJ (horário padrão do jarro):
Esta matéria diz tudo: Michael Booth's commentary: Recording Industry's missteps
Se alguém não entender, reclame que eu traduzo
