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domingo, junho 20, 2004

saído diretamente do jarro
 

21:29 HPJ (horário padrão do jarro):

Uma vez eu fui para a Florida e durante a minha estada lá a companhia aérea que deveria me transportar de volta para o Brasil pediu falência (foi a Pan-Am, em 1991). Por causa disso eu fui levado de avião não para o Brasil, mas para Nova York, de onde eu não poderia sair do aeroporto enquanto alguma companhia aérea não concordasse em nos voar de volta pra casa. Fiquei perambulando os terminais durante horas, brincando com as máquinas de refrigerante e com os orelhões com acesso via modem à rede WorldNet da AT&T (13 anos atrás eu não entendia tanto de computadores como hoje e aquilo parecia maravilhoso). Até encontrei mais gente de S. J. Rio Preto presa no aeroporto na mesma situação. Mas naquela mesma noite voei para o Rio e de lá para São Paulo, em casa enfim.
Merhan Karimi Nasseri não teve a mesma sorte. Em 1977 o iraniano filho de inglesa fazia faculdade no Reino Unido e participou de um protesto contra o regime do Xá Mohammed Reza Pahlevi. Ao retornar ao Irã ele foi preso e expatriado. Circulou pela Europa até 1981 quando a Suécia oficializou seu status como refugiado político e emitiu documentos que permitiam que ele pedisse asilo em qualquer país. Durante os sete anos seguintes Merhan requisitou asilo na mesma Inglaterra de sua mãe, sem sucesso. Em 1988, durante um assalto em Paris, ele perdeu seus documentos de refugiado. Pego entrando na Inglaterra sem documentos, foi deportado de volta a Paris. Ao chegar no aeroporto Charles de Gaule, teve sua entrada na França barrada.
Ele era um homem sem terra. Mudou-se para o Terminal Um, seu endereço oficial uma mesa do Bye Bye Bar onde ele sentava o dia inteiro lendo a revista Time e o exemplar atual do Clube do Livro. Ele acordava às 5:30 para cortar seu bigode e fazer a barba antes dos funcionários da limpeza entrarem nos banheiros e uma vez por semana lavava suas roupas na pia do sanitário masculino do terminal. Suas refeições eram pagas por aeromoças e garçons amigos e consistiam, em sua maioria, de batatas-fritas, seu prato predileto.
Seu advogado tentou por muitos anos com sucesso limitado conseguir sua cidadania na Inglaterra. A Suécia, depois de muito hesitar, ofereceu asilo a Merhan (que agora é seu sobrenome, uma vez que ele se rebatizou "Sir, Alfred Merhan", o nome a quem foi endereçada por engano uma recusa de asilo do governo britânico) contanto que ele fosse morar sob a tutela de um assistente social suéco. Mas "Alfred" não abriu mão de ser um cidadão inglês. Em 1999 ele recebeu novos papéis com permissão de residência na França e circulação livre na Europa, mas ele se recusou a assiná-los, pois os documentos listam-no como iraniano.
Alguns dizem que ele enlouqueceu depois de 16 anos morando num aeroporto. Outros, que ele tem medo de sair da bolha de limpeza, cortesia e civilização do Terminal Um do Charles de Gaule. Outros abrem mão de conjecturas e simplesmente admiram a incrivelmente humana história de "Alfred".
Neste inverno (verão no hemisfério norte) foi lançado um filme chamado "The Terminal", o terceiro baseado em sua história. Dirigido por Steven Spielberg e estrelado por Tom Hanks, o filme já é um sucesso de bilheteria. E uma chance de entender, mesmo que de maneira fantasiada, o drama de Merhan, que graças à bilheteria do filme não precisa mais das esmolas de aeromoças para comer suas batatas-fritas.

Escrito pelo Unknown

Comments:

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Que loco!! Ow, imagina a cena na nossa realidade... morando do GRANDE aeroporto de Rio Preto! hauahuahuah ia ser no mínino apertado! (ui!!) hehehehheh
animal!
vamos ver o filme juntos, sim?
bejão gordo!

 

E ela insiste em ser "gentil"...
smells like falsehood..ooh ooh
AHAHAHAHAHAHHAHAHAH

 

Caralho
ke mina CHATA :P
Ou eh um viado... sei la, nunca se sabe....
Mas que ta com falta de pica EU NAO TENHO DUVIDA !!!!!

Respondendo pelo Bakker e/ou pela Phe (Sim, eu tenho autoridade pra isso, eu sou o irmão gemeo maligno do Bakker)
Ja ouviu falar em AMIZADE? procure arrumar uma...
Agora em minhas proprias palavras...

VAI DAH MEIA HORA DE CU PRA VE SE PASSA ESSE FOGO !!! PUTAKIPARIU !

 

Olha, sem querer perder a compostura mas já perdendo, eu gostaria de pedir que a pessoa que (NÃO) se assina como Anonymous por favor se retire do meu blóg. Caso contrário serei obrigado a proibir comentários anônimos e isso vai ser uma grande dor de cabeça pra mim uma vez que vários AMIGOS meus não tem conta no Blogger. Se não sabe brincar, não brinque. Este é o último aviso. A partir do próximo comentário de má-índole eu apagarei ativamente todos seus comentários e bloquearei comentários aônimos.

 

af dinovo este treco de anonimsu?hhwae gand aki
o du fdp eu fui tua casa c n tava la :( ehehhe foda isso o texto hein :(

 

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