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segunda-feira, janeiro 12, 2004
saído diretamente do jarro
13:47 HPJ (horário padrão do jarro):
Feliz Natal ! Espero que todos os envolvidos na guerra Iraque-Estados Unidos que ainda não morreram sobrevivam, com a excessão extraordinária de George W. Bush, que eu espero que faleça da morte cerebral que ele sofreu 5 segundos antes de nascer. E para ilustrar este maravilhoso desejo de fim-de-ano vai uma historinha muito água-com-açúcar:
Era 24 de dezembro de 1914 em Flandres, na Bélgica. Os soldados que haviam se deslocado da Inglaterra para lutar a Primeira Guerra Mundial receberam de seu governo cigarros e comida entregues a suas trincheiras por via aérea. Os alemães, a menos de 100 metros de distância, mas mais próximos de sua terra natal, recebiam doces, comida, presentes e até mesmo árvores para decorar suas trincheiras. Quando a noite veio, os alemães montaram suas árvores para fora das trincheiras, acenderam velas e começaram a cantar canções de Natal. Os ingleses, que não entendiam a língua mas conheciam as músicas, logo começaram a cantar também. Logo, os alemães que antes da guerra haviam trabalhado na Inglaterra começaram a mandar recados para as trincheiras inimigas em seu inglês canhestro: "You no fight, we no fight", diziam. Logo a trégua foi aceita. Na manhã do dia 25 de dezembro, alemães e ingleses comiam bolo, dançavam, cantavam, bebiam e jogavam futebol juntos (Os alemães ganharam de 3 a 2). Ingleses presenteavam alemães com cigarros e estes retribuiam com doces. Juntos, enterraram os mortos de ambos os lados. A trégua durou até o Ano Novo, quando os comandantes dos dois exércitos fizeram que seus soldados voltassem a lutar, sob pena de corte marcial. Se abraçando e desejando sorte uns aos outros, alemães e ingleses voltaram para suas trincheiras e passaram alguns dias atirando para cima, adiando o inevitável, até que as batalhas recomeçaram. A guerra durou mais quatro anos e passou por mais três Natais (por pouco não houve mais um, a guerra acabou em novembro), mas não houve outra trégua.
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